sábado, 18 de junho de 2011

Balzaca...Balzaquiana


(Balzaquiana ou mulher balzaquiana é uma expressão que surgiu após a publicação do livro A Mulher de Trinta Anos (1831-32) do francês Honoré de Balzac e que se refere às mulheres na casa dos 30 e, atualmente, também às mulheres de 40 anos. Em seu livro, Balzac faz uma apologia às mulheres de mais idade que, emocionalmente amadurecidas, podem viver o amor com maior plenitude - em completa oposição a tradicional figura da moça romântica que nos livros tinham no máximo 20 anos. Sua personagem principal, Júlia d`Àiglemont, é o grande retrato da mulher mal casada, que após anos de infelicidade,ao chegar aos 30 consegue encontrar o amor nos braços de Carlos Vandenesse - Fonte: Wikipédia)

Completar 30 anos era realmente uma preocupação. Me lembro da idéia que eu fazia das mulheres de 30 anos quando eu tinha 15. E, como tudo na vida, num piscar de olhos, eu já era parte das estatísticas. A estatística das mulheres balzaquianas. Mas, é tudo tão complicado quando se sente na pele algo que antes só se lia, ou ouvia! A teoria é sempre mais fácil na minha vida. Na prática, geralmente sou decepcionante. E essa afirmação se aplica à todos os setores, e o engraçado de tudo é eu ter a consciência disso. Mas acho que só hoje tenho. Ter trinta anos faz realmente você ter outra visão do mundo e do seu próprio mundo.
Ta aí, na minha concepção, ter 30 anos é fazer as mesmas bobagens de antes, com uma importante diferença: você tem consciência de que está fazendo bobagem!
Ter trinta anos pra mim, é saber que cheguei pelo ao menos na metade do caminho. Mas, o que me incomoda é: esse caminho está correto? Ter trinta anos é sobretudo questionar. Questionar à tudo e a todos, e principalmente, questionar você mesmo. Conservo características dos 15 anos aos 30 anos. Ouvir música alta. Falar palavrão (com a diferença de que agora sou fluente). Agir por impulso. Me arrepender quase que imediatamente, mas muitas vezes não admitindo. Ainda sou orgulhosa, pra ser sincera, hoje sou muito mais. Ter trinta anos e ser mãe solteira também muda o quadro. Porque sou mulher, tenho 30 anos, sou solteira e...sou mãe. Apesar de me sentir um ser altamente moderno (rs), nesse quadro, parece-me que algo está fora do lugar. É como um quebra-cabeças que falta peças. Esse quadro mulher/mãe/solteira/com 30 anos. É aí que se percebe o quanto se sonha aos 15. Cadê o modelo de família feliz que idealizei naquela época, composto de pai, mãe e filhos? Não rolou. Mas, devo dizer, talvez tenha sido melhor assim. Porque sendo do jeito que é, me ensina muito. E o amor da mulher/mãe/com 30 anos é duplicado!!! Com trinta anos a gente consegue mesmo enchergar melhor algumas coisas. Consigo de verdade ver que em tudo há algo que vale a pena. Até em ter trinta anos.
Fazer do limão uma limonada! A definição perfeita do meu jeito balzaquiano de ser!

Obs: E o príncipe? Aquele do cavalo branco, que toda menina de 15 anos espera? Bom, tá aí assunto pra outro post! E viva a maturidade!!!!!

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